O indizível de amar um cão

Arriscar amar... sofrer na partida.
Guga, no último passeio pela serra com a Cristina
Quando acolhemos no Bosque dos Pimpões cães de Associações, muitas vezes resgatados de condições miseráveis de abandono e maus-tratos, colocamos todo o nosso empenho na sua recuperação. Não passa apenas por uma alimentação de qualidade, rica em proteínas animais que promova a sua recuperação física. Envolve atenção, disponibilidade, entrega e verdadeira vontade de comunicar com o cão. 

Quando entram não sabemos quanto tempo ficarão. Não é como um cão que chega apenas para um período de férias, com data definida para saída, e habitualmente por um curto período de tempo. A relação que se vai estabelecendo entre cão e tratadoras é necessariamente diferente. Quanto mais tempo partilhamos com eles, maior é o risco de nos apaixonarmos e de ser com angústia que os vemos partir, mesmo que seja no âmbito de uma adopção que pensamos vir a ser de sucesso. Damos por nós a dizer adeus para um carro que se afasta, na vã esperança que acenem de volta, com um nó na garganta que desaperta pela força das lágrimas que não se envergonham de cair.

Guga: 2 anos de idade. Sério, sorridente, meigo, fiel. Amigo e confidente por um tempo

Guga, quando foi encontrado

Guga chegou ao Bosque dos Pimpões no início de Novembro do ano passado. Na bagagem um passado de fome e passagem por outro hotel. Semblante fechado e recepção cautelosa.  
Com a convivência veio a transformação e com o afecto chegou a confiança mútua. No final afirmamos sem duvidar que aqui soube o que era a felicidade. 



"Guga, o meu rei" (Cristina)
Guga é um cão de família, de passeio pelo campo e pela praia. Dá-se bem com crianças e gosta de interagir, brincar e jogar com as pessoas. Aprende rápido e gosta de aprender. Será um óptimo aluno de um treino positivo.

"Boa sorte, meu rei, meu querido".

Guga (04.04.2012)